quarta-feira, 21 de julho de 2010

Saudade

Ah os dias passaram tão rápido. A nostalgia que embala agora o meu peito, com uma breve e ténue canção, é demasiado complexa para que eu a decifre com o meu minusculo cérebro.
Estou perdida por aqui, vou andando para ali e aculá sem achar um rumo certo, um caminho que eu saiba ser seguro.
Além disso, estou viva?
Se estou, não sinto, se posso sentir, não sei como estar viva. E voltamos ao jogo, aos desafios e á má sorte de sempre. Tudo parecia demasiado maravilhoso, demasiado belo para se poder prolongar por tantos e infinitos minutos.
Não passaram de escassos segundos, de uma mera troca de beijos, olhares, memórias, e não passou de, mais uma vez, relembrar o passado.
Ah esse passado que ainda se intitula de presente. Será culpa minha?
Terei de esquecer, achar agora o meu próprio ser que espero não se ter perdido num alma despida, num corpo mais que vazio.
Mas eu ainda penso, ainda respiro e ainda dou tudo de mim, para um dia, te ter de novo nos meus braços.
Tenho saudade.

sábado, 3 de julho de 2010

Saudade

Linhas linhas linhas.
Há minha frente, vejo apenas linhas.
E acrescento agora, linhas por escrever!
Que falta de imaginação tenho eu. Deduzo que talvez, ao meio-dia solar, me reenviem a inspiração e me entreguem de novo todas as brilhantes ideias que por meros acasos, se infiltram e assaltam a minha mente.
Bom, visto de tal ponto de vista, pois que assaltem. Nunca recusei ideias brilhantes.
Ahh... e o mar? tenho tantas saudades do mar! (observação um pouco fora do contexto).
Mas é bom, é! é bom!
Afinal de contas, é Verão, e o que é o Verão sem mar?!
Nada, simplesmente, nada. Quero tanto o salgado no meu corpo, quero tanto repensar a vida á beira-mar, quero tanto tudo!
E tu não queres?
Ultimamente, tenho sentido saudade de tanta coisa, que não sei se estarei a ficar doente. Estarei?
São tantas perguntas, que só por acaso, não consigo responder.
Ai apaga-me a luz! Quero dormir!
E que bem me faria, que bem...
Continuo ainda, a suportar as tuas malditas indelicadezas, e agora, REMA SEU IDIOTA!
Um beijoo.
(ah, e apaga mesmo a luz)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Expressões

Há um certo sexto sentido em mim que me parte toda. E parte mesmo, magoa demais e depois, ainda acha que poderia recitar poesia e fazer-me uma deliciosa serenata, que tudo ficaria bem.
Qual sexto sentido, qual quê?
Estou na vanguarda do meu ser, protegida por um inóspito abrigo que nem eu mesma sei localizar no meu peito, e mesmo assim, ainda não sei se estará tudo claro como a água.
"Vá sê feliz, por mim!" - antes de ser feliz por ti, seria por mim, e se não consigo, é porque de jeito nenhum vou conseguir.
Expressões baratas, ingénuas e desconfortáveis, prendem-me a alma ao sufixo dessas tuas palavras, e exijo ser livre, poder amar e ser respeitada, como quem sente e jamais se quer deixar cair.
Estarei a alucinar?
Sim, estou, porque sempre que amo, sempre caio, e o maior medo que se arrasta nas minhas veias, tranca a sete chaves o receio no meu coração, e sim, só agora descobri, o porquê de nunca ter conseguido amar como sempre desejei. Serei feliz.
Ponto final.
Não passas de uma metáfora na minha história, estupida personagem!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Inicio

Começou um novo mês, dia 1 troca-me as voltas todas. Sinto o completo desagrado em mim, de ter começado Julho com uma certa lágrima no canto do olho.
Não me sinto no auge da ostentsão dos meus bens, não atingo a magnificência das minhas recordações, o que me provoca raiva, e mais que raiva, desprezo, e mais que desprezo, mágoa nos meus sentimentos.
Acredito por tudo, que um dia aquela tremenda neblina (escura, odiosa), se vai dissipar e eu sim, acharei de novo uma tal luz, um tal agrado no meu ser.
Planos? oi? planos?
Não faço disso, e por mais que talvez um dia precise deles, só quero é despir a raiva que me atormenta a alma.
Eu quero, eu preciso.
Expressar os meus sentimentos?
É o sonho de qualquer um.
Bom inicio de mês, e adeus lágrima no canto do olho.
Serei tudo, esperando não perder nada.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

a realidade de um adeus

utopia de palavras.
significado? não sei, não sei, nada é impossivel.
mas e se for a utopia do amor? ah sim, agora entendo.
Provavelmente é quando os sonhos de um amor inigualávelmente perfeito andam á deriva, se perdem numa ilusão, retocam-se num qualquer sentimento e por fim desvanecem-se na realidade.
É triste ver que é onde colocamos os pés, onde mergulhamos na emoção, onde tudo realmente acontece, que dói mais, que é a realidade que nos amputa o sentimento, que nos move para o escuro (...)
mais ainda?
Não quero magoar-me mais por saber que vivo num mundo onde a mera ilusão me transporta inequivocamente para onde não posso ir.
AH!
e a vida? e a emoção que quero viver sem precisar de escorrer uma unica lágrima?
Amar poderia ser um jogo bem lixado, mas não é.
É um modo de vida bem lixado.
Enfim, terei paz, um dia destes.
Mas enfim, ainda te amo mais que tudo.

o que é afinal?

Perguntava-me mais que vezes suficientes, o que seria a dor que se sente quando se é traído, levado na mais pura ilusão que algum dia se poderia vir a recordar, e o que seria então, a mágoa que depois fica, o desespero que se transforma em tristeza, após tudo, após nada.
A resposta não estava clara, e só após passar por tudo isso, entendi, mas ainda não consigo responder.
O meu coração bate, mas por dentro congela e não encontro ar para sobreviver, porque ficar viva agora parece-me demasiado impossível.
Tentei não olhar mais para ti, mas continuei a olhar.
Quis deixar-te apenas como uma memória, mas em cada reflexo que passava na minha alma, em cada direcção que eu traçava, encontrava-te, pelo mero ato de amar, pela mera ferida que escorre nas minhas veias.
Estou viva, eu sei, e vou sustendo a minha respiração, esperando um dia desaparecer com cada batimento do meu coração, com cada traço de escuridão que se desenha nas minhas lágrimas.
A importância que te dava, o mundo que achei que eras, caiu, está agora em ruínas.
Garanti a mim própria que poderia ser tudo o que quisesses, para que no mais belo dia de sempre, apagasses a dor e o 'adeus' que me deixaste, e me dissesses que não irias para longe, que ficarias deste lado, do meu lado.
Seria incapaz de te magoar tanto como tu me magoaste a mim, seria inpensável fazer-te algo assim, mas por minha estupidez, sou também incapaz de deixar de te amar, de pensar no quão importante és para mim.
Seres a única coisa que tenho, seres tudo, é agora tão complicado de aceitar.
Mas, por te amar tanto, por querer que um dia entendas, por desejar que sejas feliz, mesmo que não do meu lado, prometo ficar contigo para sempre.
Eu prometo, e prometer é tudo o que te posso dar agora.